03 de setembro de 2023

Eu continuo vivendo na esperança de que o destino possa fazer o milagre de nos colocar na mesma estrada novamente.Mas ,ora,não acredito mais em destino,muito menos em milagre…

Agarro-me ,agora, à pouca probabilidade-quase improbabilidade- de nossos sonhos se encontrarem mais uma vez,porém,não tenho mais aquele apego infantil que acreditava em algo grandioso vindo em minha direção.Mesmo assim,ainda sou o mesmo menino encantado com a (im)perfeição da natureza,assim como fazia ao ouvir suas palavras,mesmo quando seu rosto transmitia um emaranhado de emoções que mais pareciam com borboletas pelo jardim.

Depois de tanto tempo,devo dizer que eu mudei e imagino que você também.

Você se lembra da última vez em que nos encontramos por acaso?Bem,nem sei se foi tão por acaso assim,mas você estava tão apressada que mal conseguimos conversar adequadamente.Aquela não deveria ter sido a última vez.Espero que não tenha sido a última vez.No filme ideal,mesmo que o final não seja daquele tipo ''felizes para sempre'',nosso último momento perfeito foi naquela tarde de abril.Claro que não foi muito diferente,já que,mais uma vez,você se foi com tanta pressa que não consegui dizer adeus.Nunca tive a oportunidade de dizer adeus.Você me pediu para não dizer,lembra? Foi numa manhã de dezembro.Aquele poderia também ser nosso final perfeito,mas nem posso reclamar,pois tive a sorte de experimentar mais um dia da grandiosidade de sua existência. Sinceramente, não trocaria aquele dia por um adeus adequado.

Você trocaria? Prefiro manter minha vírgula, mesmo que eu já não acredite mais em nós. Não me entenda mal; é que minha fé em quase tudo se desvaneceu. Se um dia o ponto final surgir, será genuíno.

Enquanto isso, questiono-me dia após dia: por onde anda você?